quarta-feira, 15 de julho de 2015

[Opinião] "O Mausoléu do Faraó Negro" O Chamado de Cthulhu

Capa - divulgação 


O Mausoléu do Faraó Negro é um cenário escrito por Luciano Giehl, autor do blog Mundo Tentacular,  ainda arrisco a dizer que está entre os melhores blogs sobre Mythos de Cthulhu  da blogosfera. Essa aventura, até a data da publicação do post, foi disponibilizada apenas para os apoiadores (cultistas aventureiros) do financiamento coletivo do RPG Chamado de Cthulhu. 

Até agora "O Mausoléu do Faraó Negro", não está disponível para venda no site da editora Terra Incógnita. 


Arte e Diagramação

Vamos começar pela arte da capa, que não é surpreendente, mas cumpre o papel de deixar claro o conceito do cenário. A arte interna segue o modelo, acertado, de manipulação digital de fotos, o que acrescenta um realismo impressionante. Algumas ilustrações valem mais do que um passeio com o Google Street View.   A diagramação é clara e segue o padrão do livro básico.

Experiência de leitura

A capa e o título deixam claro tratar-se de um cenário envolvendo as lendas do antigo Egito. As cidades escolhidas como plano de fundo são Alexandria e Cairo. Neste cenário temos, aproximadamente, dez cenas, divididas entre dezoito das vinte e uma páginas do livro.
Distância atual entre Alexandria e Cairo.
Retirado do Goole Maps 2015

Logo no início do livro,  o leitor tem sua atenção presa á grande quantidade de referências  e informações acerca do antigo Egito e o Egito nos anos 20. Fica evidente a ótima pesquisa histórica feita pelo autor. As lendas e históricos são tão bem feitos que a ficção mistura-se perfeitamente à história padrão, habilidade já conhecida dos leitores do Mundo Tentacular.

O gancho do cenário é padrão, mas bem descrito pelo autor. A importância do evento do gancho vem com a abundância de props. Esses handouts e itens são muito bem-vindos quando são disponibilizados no início da investigação. Todos os jogadores que conheço adoram props, eles tem o poder de incentivar o jogador durante as cenas iniciais da aventura e por consequência incentivam o guardião.

O autor disponibiliza opções para que o guardião possa desenvolver a trama do cenário com muita ação ou bastante cautelosa. O que ratifica a qualidade do material, podendo adaptar-se a diferentes estilos e grupos.

A cena final é muito interessante, já vou adiantando que esse é um cenário com considerável nível de letalidade.

Ao final, o autor faz observações muito instigantes sobre o uso da aventura em uma campanha, apresenta uma possível variante no clima da aventura além de muitas informações sobre NPCs.

Considerações finais

Esse cenário foi bem divertido de ler e deve ser melhor ainda de jogar. Se você quer utilizar os elementos clássicos sobre o Egito, essa aventura é muito recomendada.

Para alguma informação adicional, que por ventura eu tenha omitido, no próprio blog do mundo tentacular tem um report de jogo executado por um dos cultist leitores do mundo tentacular. Basta clicar  aqui.

A próxima opinião que trarei será sobre a aventura Melodia da Loucura.
Espero não estar insano até terminar esse texto.

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